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ceci est certainement une grotte (avec une ourse)
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ceci est certainement une grotte (avec une ourse)
[the dream, alt j — provavelmente o melhor álbum deste ano]
"o rir e fazer comédia com momentos destes é uma forma de resistência. uma prova de vida. acho que não há outra maneira de encarar a adversidade. uma pessoa quando cai tenta levantar-se. não é minimamente lógico, do ponto de vista racional ou mesmo do ponto de vista emocional, que tu estando em baixo faças por estar mais em baixo. resta o instinto de sobrevivência que ao cair nos levantemos e não conheço melhor propulsão, melhor impulso para te voltares a pôr de pé do que a gargalhada."
admirava muito quem se dedica a causas tão eficazmente que abre novas portas a quem precisa. ou gente que transforma ideias em obras cinematográficas, literárias ou plásticas subtilmente disruptivas, provocadoras e poderosas, fazendo-nos repensar os dias (para não dizer a vida). ou aqueles conhecidos com tanto na vida para gerir que pareciam desdobrar-se em, pelo menos, quatro clones para concluir tanto afazer. contudo, o tempo trouxe-me a admiração por quem resiste no confronto com a delicadeza da estabilidade no dia à dia do seu núcleo, dos seus.
limpei muitas séries nos anos de confinamento (gostava de poder já dizê-lo no pretérito perfeito). algumas bem cotadas nos mercados imdb, rotten tomatoes e os melhores críticos: do fb ao twitter, passando pelo insta e a conversa de café no whatsapp. destas deixei a meio muitas. maravilhei-me com algumas surpresas. passei a esquecer os rankings. só me interessam as que ficaram na memória: o melhor barómetro.
para já o meu top três. todas eles a lembrar de como facilmente podemos pifar, queimar os circuitos, fazer merda, obsessões, salvação, resiliência. ou, quem sabe, na verdade foram só as belíssimas bandas sonoras que me ficaram na memória e tudo o resto é uma mania em achar que tudo tem ser explicado.
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