on the road

não a do Kerouac, que mal sei escrever e as minhas viagens — apesar de tudo ou felizmente — são mais sossegadas. nem sequer a proximidade com o Moriarty (só porque jamais conduziria a alta velocidade e... de tronco nu, eh eh eh).



ontem, em viagem para ir ajudar os progenitores. cada um doente, um sem poder sair de casa, o outro a ter de ir ao hospital. a irmã em outra cidade com uma das descendentes doente. aproveito que são 19h, estou a conduzir, e ouço a Prova Oral (gosto do Alvim. é um pateta porreiro). falavam de coragem. mais precisamente do livro Este Livro Não é para Fracos, de Ana Moniz. não gosto de livros que cheiram a auto-ajuda. soam-me a um deitar meia dúzia de chavões no caldeirão e daí esperar que resulte uma poção mágica em que todos viveram felizes para sempre. mas há excepções. não sei se é o caso deste. gostei de ouvir a Ana Moniz. acho que até preferia conversar com ela do que ler o livro dela. gosto mais de conversar sobre estes assuntos, do que ler sobre eles. gosto da interacção destas conversas e de ficar semanas a pensar nelas. em parte delas. o gosto de sentir novos ares.



passei a olhar a coragem enquanto pensamento ético e crítico sobre o que nos rodeia, guiado pela compaixão pelos outros e por nós próprios; coragem enquanto vontade de minimizar o sofrimento e de agir para que tal aconteça; mesmo que tenhamos medo, mesmo que implique correr riscos, mesmo que não saibamos o que nos aguarda à chegada. 



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