hum...

"Os erros são os portais da descoberta."
— James Joyce

Izis Lagny

future present past

what side are you standing on?
watchful


the good lie

Am I Normal? Card Game


















[sim, também sentimos saudades do que nunca foi vivido.]

riot

se pudesse mudava-me para a biblioteca central da universidade onde trabalho. suspeito que o meu chefe me indeferisse o pedido, claro. hoje, sentei-me por lá para uma consulta bibliográfica e fiquei lá mais tempo do que o necessário. do lado direito janelas enormes com pilares exteriores cheios de heras. do lado esquerdo e em frente livros e mais livros. e silêncio. tal qual um templo. ficava lá horas, não fosse o trabalho que me esperava noutra sala. longe do silêncio de um templo. por outro lado e por mais inconsistente que pareça esta foi a banda do dia. não sei o que se passa (mais queria muito ir trabalhar para aquela biblioteca, naquele computador, com aquela paisagem e o silêncio).


torresmos

é do que me lembro sempre que olho para as headlines da springbreak do momento. uma espécie de carne para canhão, de ambos os lados. não sei muito bem o que esperam ao ter uns milhares de adolescentes enfiados em quinhentos metros quadrados com bar aberto e outras merdas do género. basta dois segundos ao espreitar o programa das festas e perguntar "do que estão à espera?" que os miúdos fossem meditar junto das piscinas com concertos a um metro de distância e a menos do que isso tipos a virarem cerveja para a boca de outros? os adolescentes são, e sempre foram, dados a momentos de excesso (ainda que alguns transformem momentos em permanência). e nisso são muitas vezes estúpidos. e também são estúpidos os pais que sabem que aqueles destinos de viagem de finalistas são aquilo e nada mais, nem podem alegar desconhecimento - todos os anos se fala disso - e os putos vão, em massa(s). ou torresmos, vá.

não sei ao certo que decisões tomarei quando as minhas filhas tiverem dezasseis, dezassete anos.  espero conseguir dar-lhes espaço, as saídas à noite, com amigos, festivais de música, etc e tal. antes disso a estrutura que depois serão do mundo e a elas lhes caberão as decisões e consequências. mas caramba, bilhetes de borla para isto? duvido.

já comecei com a história das praxes. esqueçam lá a patetice da integração. que raio de cegueira trespassa esta gente que camufla aquilo que nada mais é do que humilhação. o eterno joguinho de quem manda e do outro, lá em baixo, submisso como se quer.


aposto que a escreveu depois de conversamos. o que talvez não tenha percebido, o rapaz de madeira, é que ela não se vai embora com bonitas notas musicais, duetos e violinos a esforçarem-se para uma  retoma dos batimentos cardíacos a níveis de não risco. não vai embora, mas suspende por um pouco. o que não é nada mau, tendo em conta a altura. e as coisas da altura. now go, nashe, go para mais uma reunião, papelada e... evita revirar os olhos.

:)


"Nashe, aproveita o silêncio"*

lixei dois telemóveis no mesmo dia. e um aquecedor. tive a tentação de pensar que era dia de queimar coisas por interposta acção de uma força negativa alheia à física, aquela coisa de energias, vontades dos deuses com sinais de aviso. bah...!

(e, no entanto, estas foram apenas as contrariedades materializáveis. hélas, as outras mantém-se no plano sensitivo. persistentes.)

(ainda bem que hoje continua a haver sol, sem nuvens. ainda bem, mesmo depois de ter ido comprar nova dose de anti-histamínicos, spray nasal, anti-inflamatórios para as vias áreas. um mal menor para um bem relativamente maior: doses possíveis de vitamina S - não é um erro.)

*
- Nashe, aproveita o silêncio (perante a sala temporariamente vazia)
- a presença ou não das pessoas é indiferente. tenho os fones no máximo, filtrando quaisquer barulhos exteriores.