só ainda li umas dez páginas

e já lamento que o livro não seja meu para poder rabiscá-lo, sublinhar, anotar.

- Parece-me uma grande felicidade que, quando se olhe para o mundo, pareça sempre que é a primeira vez que o fazemos.
- É uma grande tristeza — disse ela a soluçar.
- É a maior infelicidade. Eu, quando olho para as coisas quero que elas me sejam familiares, como o meu tio e o meu marido, como o pão que se come às refeições. Quero deitar-me sempre com o mesmo homem, com os mesmos lábios. Quero que os lençóis de hoje me pareçam os lençóis de ontem, mesmo que os bordados sejam completamente diferentes. Não quero que os beijos que recebo sejam novos, quero que sejam velhos, quero que sejam os de sempre. Não me quero sobressaltar como quando era jovem. Uma pessoa só pode ter paz quando está ao pé das mesmas coisas, quando nem repara nelas, porque elas já fazem parte de si, como se as tivesse comido e mastigado e engolido e agora fossem carne da sua carne e sangue do seu sangue. Só somos felizes quando já não sentimos os sapatos nos pés. 


Afonso Cruz, O Pintor Debaixo do Lava-Loiças

não há tempo, tão breve é a vida.

john, the cynic



You do this, and you'll get that
I want what I was promised, I'm a bit impatient
And what is it exactly that you think that you deserve
No more, no less, is that ridiculous

Cause what we got down here is oceans of longing
And guessing games, and no guarantees
And you work so hard to be in control
And now you're laughing at yourself because you can't let go

Cause all we're doing is learning how to die
Do you really think that nobody see's the fear behind your smile?
And why do you care what anybody thinks at all
It's all going to the same thing in the end

And what we got down here is oceans of longing
And guessing games, and no guarantees
And you work so hard to be in control
And now you're laughing at yourself because you can't let go

And what we got down here is oceans of longing
And guessing games, and no guarantees
And you work so hard to be in control
And now you're laughing at yourself because you can't let go

♥♥

No one saves you

Adieu et à demain


















































é daquelas coisas que nos faz pensar se deveríamos falar menos. isto porque corremos o risco de embrulharem tudo e nos oferecerem o nosso primeiro livro editado. lamento informar as duas pessoas que iam a correr para a caixa de comentários para encomendarem, que esta magnífica obra existirá apenas na forma de um exemplar.

para mais preciso de uma cadeira confortável, sol, gente que ouça, gente mais idiota do que eu, gente com gargalhadas sonoras e ... mais páginas virão :)


gente que materializa ideias de forma tão bonita. sim, pode dizer-se bonita mesmo quando mexem com a acidez do nosso estômago, doendo mais um bocadinho. não me canso deste vídeo e queria vê-lo numa versão estendida em duas horas numa sala. logo eu, pessoa de parcas danças.