pode ser visto como ter muita sorte, isto de não precisar que aconteça algo de especial para me ditar o humor. na realidade pode ser um inferno. da realidade não sei bem o que ando a fazer. a família anda com um nó na garganta, esperando heroicamente que este não expluda. a minha sobrinha ainda na sua luta (às vezes encosta-me a um canto com a força que tem demonstrado), as minha filhas em demasiada tensão (que ainda não têm maturidade para gerir e soltam-na como podem. com mais trinta anos do que elas, às vezes, faço o mesmo... ), o meu pai a pouco tempo de fazer uma cirurgia delicada e a envelhecer brutalmente a cada dia que passa (fiz as pazes com ele e preciso que esteja por cá mais um tempito).

escrevi meia dúzia de linhas (mentira, na verdade foram quilómetros de palavras) e volto onde me sinto melhor: aquele cantinho all alone, o meu safe room onde ninguém pode entrar. não quero. fora dele está tudo demasiado agitado.

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