sete horas da tarde

e o que me apetecia era sentar-me e não fazer a ponta de um corno. recordo a entrevista lida há um par de horas: a força mais poderosa é estar interessado em alguma coisa. pode ser a Dinastia Ming, o que quer que seja, se estiveres interessado o suficiente para o estudar e aprofundar, então não corres perigo. eu corro perigo. o meu psi diz-me isto há algum tempo, essa coisa do fazer e do interesse. já comecei quinhentas e quarento oito coisas diferentes. a maior parte delas mentalmente, poucas foram as que viram vida e dessas todas foram efémeras. o melhor que consegui foi não estar parada tanto tempo, não que o mexer-me fosse [seja] efectivamente produtivo. é o possível. o que me reduz a uma espécie de derrota mas tenho demasiada preguiça para mais. e medo. muito. enfim, julgo que percebi o ponto até ao qual consigo resistir. um milímetro a menos ou mais e catrapumba, escangalho-me e mais do que querer sentar-me, quero é dormir.

agora vou fazer o jantar [ao contrário do muito que se diz sobre as desvalorizadas rotinas, elas salvam].

2 comentários:

  1. pois eu cá, quando sou vítima de apetências similares, sento-me mesmo e começo por fazer a base do corno, depois elaboro o tronco e prossigo... mas garanto-te, quando chego à ponta do corno - não a faço! prontos!

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    1. já que falas disso um dos projectos [mentais] passou pela olaria. uma cena de meter a mão no barro :D

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