a arte de escolher livros pelos títulos

acontece. quase sempre acabam por fazer jus ao título, sobretudo aqueles que são provocadores ou irónicos. A Arte de Chorar em Coro, de Erling Jepsen, cumpriu a missão.

a vida (familiar) narrada por um miúdo de onze anos, Allan, com as explicações possíveis da sua medida para acontecimentos duros e vivências marcadas pela violência, tensão e subterfúgios imaginados - como o Hr. Tarriel, uma fusão de Tarzan e o arcanjo Gabriel, um ser capaz de cumprir os seus desejos, ainda que esses possam ser a morte.

Será que o Asger
(o irmão mais velho) não compreende que há um motivo para que o pai e a Sanne (a irmã)  durmam juntos no sofá? Deveria considerar o que aconteceria se não o fizessem. Como se sentiria o pai? a adoração que tem pelo pai e preservação do seu bem-estar é uma constante nesta história, onde Allan chega a provocar situações para que o pai lhe bata como forma de aliviar a sua vísivel irritação porque, quando o pai está bem, todos estão bem. 

valores morais tão retorcidos que são cruéis marcando uma família disfuncional e solitária mas prudentemente mascarada das portas para fora.

2 comentários:

  1. Ina!
    coincidência ou não, estou a ler esse livro. como já tinha dado notícia no meu face. não me digas que chegaste ao livro pela minha via? :D o livro é muito bom...

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    1. nope. foi pela via de uma feira do livro com boas pechinchas :)

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