la la drive
vi cinco minutos do La La Land. e mais nada, não consegui continuar. para quem está praticamente sempre a ouvir música acho os musicais intragáveis. de ver e ouvir.
do Ryan, de filmes e de música lembrei-me desta. sem danças parolas.
(on call) If I drive for you, you get your money. You tell me where we start, where we're going, where we're going afterwards. I give you five minutes when we get there. Anything happens in that five minutes and I'm yours. No matter what. Anything a minute on either side of that and you're on your own. I don't sit in while you're running it down. I don't carry a gun. I drive.
do Ryan, de filmes e de música lembrei-me desta. sem danças parolas.
(on call) If I drive for you, you get your money. You tell me where we start, where we're going, where we're going afterwards. I give you five minutes when we get there. Anything happens in that five minutes and I'm yours. No matter what. Anything a minute on either side of that and you're on your own. I don't sit in while you're running it down. I don't carry a gun. I drive.
lançamento de peso*
fui ao lançamento de um livro [* tenho um reacção pavloviana com o termo associando sempre ao lançamento de pesos]. livro que não pretendo ler. coisas do tema e tal, agora não me apetece. mas fui por causa do tema. coisas e tal também. quis ouvir gente a falar sobre o tema do livro que não quero ler.
o lançamento foi nas instalações de uma cooperativa que frequento com regularidade, pelos debates que promovem, pela apresentação de diversos projectos que desenvolvem no campo social e pelo apoio pessoal e familiar. pelas pessoas que lá trabalham, inspiradoras, limpas e que salvam vidas. literalmente.
no fim da apresentação as inevitáveis lágrimas. pelo tema do livro, por aquilo que foi falado sobre o mesmo, sentido como honesto por quatro das intervenientes. houve um quinto, mas demagógico. cenas da política quando soam a vazio, o estar lá para a fotografia.
[quando passar por uma livraria que tenha o livro vou espreitá-lo. sozinha. e decidir se leio o(s) livros(s) que não quero ler. ]
o lançamento foi nas instalações de uma cooperativa que frequento com regularidade, pelos debates que promovem, pela apresentação de diversos projectos que desenvolvem no campo social e pelo apoio pessoal e familiar. pelas pessoas que lá trabalham, inspiradoras, limpas e que salvam vidas. literalmente.
no fim da apresentação as inevitáveis lágrimas. pelo tema do livro, por aquilo que foi falado sobre o mesmo, sentido como honesto por quatro das intervenientes. houve um quinto, mas demagógico. cenas da política quando soam a vazio, o estar lá para a fotografia.
[quando passar por uma livraria que tenha o livro vou espreitá-lo. sozinha. e decidir se leio o(s) livros(s) que não quero ler. ]
o que determina aquilo em que escolhemos acreditar? se por um lado há formulas evidentes — se continuar com os snacks nocturnos jamais irei emagrecer —, por outro lado há crenças tão carregadas de subjectividade que se diluí a percepção mais concisa do seu porquê. por que escolhemos acreditar em determinada via? porque funciona. de alguma maneira funciona e parece ser suficiente esse dado empírico numa amostra meramente pessoal. mas cada vez menos me atraem as que funcionam à toa, prefiro o conhecimento com método, experiência e lógica válida. por vezes gostaria de ser mais simples, religiosa sem grande curiosidade crítica, sendo suficiente o conforto que me proporcionaria. não consigo. nem me ocorre pedir ajuda a deus num maior aperto. ou num formigueiro, como o que sinto hoje novamente nos dedos. por segundos trocaria a origem por uma hérnia cervical que explicasse este efeito secundário. uma tontice que resulta num desperdício de energia mental.
mantive-me uns momentos sob o pequeno rasgo de sol, aproveitei o calor e procurei acalmar o pinball mental, corrigir o circuito atrito entre a coisa em cima do pescoço e a que nos bombeia o sangue. essa que quase me pôs à toa e tonta.
[ um apreço pela metáfora romântica do coração que nos engana ao contribuir para a explicação de desejos contraditórios. ]
***
mantive-me uns momentos sob o pequeno rasgo de sol, aproveitei o calor e procurei acalmar o pinball mental, corrigir o circuito atrito entre a coisa em cima do pescoço e a que nos bombeia o sangue. essa que quase me pôs à toa e tonta.
Paolo Fumagalli |
[ um apreço pela metáfora romântica do coração que nos engana ao contribuir para a explicação de desejos contraditórios. ]
Não posso continuar a viver assim.
Não há remédio. Nunca mais me hei-de recompor.
A morte é a única saída.
Já não posso ver nenhum homem, fico perturbada, agoniada.
Ninguém me deve lamentar, porque afinal eu é que sou a culpada de todo o problema.
[ Júlia C. dissera à sua amiga que ter de reviver os momentos da violação era, para ela, "o pior de tudo". ]
— Vou-me embora. Cartas de suicidas, de Udo Grashoff @ malomil.blogspot.pt
recordo-me de há uns tempos ter lido uma notícia acerca de um pai que teria assassinado o homem que violou a filha, para que esta não tivesse de passar pelo processo de voltar a descrever o que tinha sucedido. talvez em parte tenha sido, talvez também a justiça pelas próprias mão. não faço ideia e nem me recordo de todos os pormenores. ainda que os recordasse pouco mais serviriam do que para uma possível análise de psicóloga de bancada péssima.
numa relação causa-efeito compreendo ambas situações. como não compreender? a estas poderia juntar as inúmeras histórias de sobrevivência ou desistência provocadas por diferentes motivos. dos extremos e dos que sobrevivem, dos aparentes pequenos e dos que desistem. tenho a minha própria história e fartei-me de a contar.
da minha última sessão de psicoterapia, ao fim de uma hora de conversa, aquilo que se manteve na minha mente reiteradamente foi a mudança de paradigma - o meu, intrincado e ramificado -, deixar de ser vítima, deixar de viver como vítima. no preciso momento em que me foi dito, entendi-o. não respondi. não comentei. não era necessário. fez imediatamente todo o sentido. sem retirar a importância dos acontecimentos, do que fica, do que ainda se mantém, reposicionar-me. confesso que surgiram ainda mais vazios e alguma desorientação na mudança de pele, está longe de ainda ser confortável mas estou convicta que este seja um melhor modo de estar. a outra é ir morrendo aos poucos. já morri tempo demais.
Não há remédio. Nunca mais me hei-de recompor.
A morte é a única saída.
Já não posso ver nenhum homem, fico perturbada, agoniada.
Ninguém me deve lamentar, porque afinal eu é que sou a culpada de todo o problema.
[ Júlia C. dissera à sua amiga que ter de reviver os momentos da violação era, para ela, "o pior de tudo". ]
— Vou-me embora. Cartas de suicidas, de Udo Grashoff @ malomil.blogspot.pt
recordo-me de há uns tempos ter lido uma notícia acerca de um pai que teria assassinado o homem que violou a filha, para que esta não tivesse de passar pelo processo de voltar a descrever o que tinha sucedido. talvez em parte tenha sido, talvez também a justiça pelas próprias mão. não faço ideia e nem me recordo de todos os pormenores. ainda que os recordasse pouco mais serviriam do que para uma possível análise de psicóloga de bancada péssima.
numa relação causa-efeito compreendo ambas situações. como não compreender? a estas poderia juntar as inúmeras histórias de sobrevivência ou desistência provocadas por diferentes motivos. dos extremos e dos que sobrevivem, dos aparentes pequenos e dos que desistem. tenho a minha própria história e fartei-me de a contar.
da minha última sessão de psicoterapia, ao fim de uma hora de conversa, aquilo que se manteve na minha mente reiteradamente foi a mudança de paradigma - o meu, intrincado e ramificado -, deixar de ser vítima, deixar de viver como vítima. no preciso momento em que me foi dito, entendi-o. não respondi. não comentei. não era necessário. fez imediatamente todo o sentido. sem retirar a importância dos acontecimentos, do que fica, do que ainda se mantém, reposicionar-me. confesso que surgiram ainda mais vazios e alguma desorientação na mudança de pele, está longe de ainda ser confortável mas estou convicta que este seja um melhor modo de estar. a outra é ir morrendo aos poucos. já morri tempo demais.
dez que bem podem ser só cinco
Curso de Cultura Geral - Episódio 2
Convidados: Frederico Lourenço, Matilde Campilho, Pedro Mexia
____
ia ouvindo e pensando nas minhas próprias dez escolhas.claramente de momento e muito mutáveis: daqui a dez minutos poderei pensar em outras dez. já estão na lista há muito tempo.
Rothko, A Estrada (o livro), A Música do Acaso (o livro), Fight Club, Mark Lanegan, e
e fico-me por cinco. deve ser isso... um traço de personalidade. quem sabe se tão clara e concisa nas escolhas ou simplesmente incompleta. whatever. talvez vá ouvir as outras entrevistas.
Convidados: Frederico Lourenço, Matilde Campilho, Pedro Mexia
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ia ouvindo e pensando nas minhas próprias dez escolhas.
Rothko, A Estrada (o livro), A Música do Acaso (o livro), Fight Club, Mark Lanegan, e
e fico-me por cinco. deve ser isso... um traço de personalidade. quem sabe se tão clara e concisa nas escolhas ou simplesmente incompleta. whatever. talvez vá ouvir as outras entrevistas.
O caminho lento aumenta as coragens secretas.
— Clarice Lispector
tenho pressa e pouca paciência. percebi claramente isso quando há uns dias tive de pensar na ementa para um jantar. o rol de receita googladas tinham como apêndice "rápidas". embora, algumas demorassem mais na compra dos quinhentos ingredientes do que a confeccionar. há menos dias, também para um jantar, disse eu faço o jantar. não me bastou fazer o dito, como fiz duas versões do mesmo peixe. a motivação pelo gosto da companhia, ainda gosto de receber. muito de vez em quando.
quem diz cozinhar, diz pintar a casa, arrumar o roupeiro, pôr em dia o trabalho, arejar aquele quarto inabitável, começar uns quantos projectos idealizados. quero o salto para a concretização quando perdi o gosto pelo processo. uma merda que parece estar a ser parida a ferros.
(espero que a Clarice tenha razão...)
— Clarice Lispector
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tenho pressa e pouca paciência. percebi claramente isso quando há uns dias tive de pensar na ementa para um jantar. o rol de receita googladas tinham como apêndice "rápidas". embora, algumas demorassem mais na compra dos quinhentos ingredientes do que a confeccionar. há menos dias, também para um jantar, disse eu faço o jantar. não me bastou fazer o dito, como fiz duas versões do mesmo peixe. a motivação pelo gosto da companhia, ainda gosto de receber. muito de vez em quando.
quem diz cozinhar, diz pintar a casa, arrumar o roupeiro, pôr em dia o trabalho, arejar aquele quarto inabitável, começar uns quantos projectos idealizados. quero o salto para a concretização quando perdi o gosto pelo processo. uma merda que parece estar a ser parida a ferros.
(espero que a Clarice tenha razão...)
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in the morning
vs
carrot cake pancakes with cream cheese frosting
[com provas que é óptima at night também
receita: www.biggerbolderbaking.com/carrot-cake-pancakes]
no reason to stay warm in my little soldiers house
And looking at people that don't make a sound
When music's around
Stay warm
When music's around
Stay warm
I might float
sim, posso.
deixo de desesperar com o caos que me mina a concentração, a clareza, a respiração, os dias. não conseguindo amenizá-lo passo a dar-lhe uso, deixando-o desaguar em processos criativos. daqui nasce um projecto onde manuseio da forma que mais gosto o que menos gosto, mas não só. ainda em fase embrionária, com o entusiasmo por algo novo, com ideias a tomarem forma, mas vou deixá-lo respirar - mesmo que hiperventile de vez em quando - e ser aquilo que preciso sempre que precise flutuar, aligeirar.
hoje,
aqui:
[adoro viagens de comboio. aguardo, sem planos, o dia em que possa entrar num e ir por aí. talvez pelo caminho experimentar o expresso mais lento do mundo, o Glaciar Express. não será pelas estâncias dos Alpes mas sim pela lentidão em paisagens frias. ]
[adoro viagens de comboio. aguardo, sem planos, o dia em que possa entrar num e ir por aí. talvez pelo caminho experimentar o expresso mais lento do mundo, o Glaciar Express. não será pelas estâncias dos Alpes mas sim pela lentidão em paisagens frias. ]
De capa dura para não se estragar com o uso
Expectativa
estado ou condição mental que, no cortejo das emoções humanas, é precedido pela esperança e seguido pelo desespero.
Imaginação
um armazém de factos gerido em parceria pelo poeta e pelo mentiroso.
Lógica
a arte de pensar e raciocinar em estrita conformidade com as limitações e incapacidades da incompreensão humana.
Oportunidade
uma ocasião favorável para agarrar uma desilusão.
Presente
a parte da eternidade que assinala a divisão entre o domínio da frustração e o reino da esperança.
Realização
a morte do esforço e o nascimento do tédio.
Verdadeiro
estúpido e iletrado.
estado ou condição mental que, no cortejo das emoções humanas, é precedido pela esperança e seguido pelo desespero.
Imaginação
um armazém de factos gerido em parceria pelo poeta e pelo mentiroso.
Lógica
a arte de pensar e raciocinar em estrita conformidade com as limitações e incapacidades da incompreensão humana.
Oportunidade
uma ocasião favorável para agarrar uma desilusão.
Presente
a parte da eternidade que assinala a divisão entre o domínio da frustração e o reino da esperança.
Realização
a morte do esforço e o nascimento do tédio.
Verdadeiro
estúpido e iletrado.
should be.
#psibowietherapy
Question:
What do you regard as the lowest depth of misery?
Bowie’s response:
Living in fear.
What do you regard as the lowest depth of misery?
Bowie’s response:
Living in fear.
dia das rainhas
(...) Quanto mais não seja, porque são esses comportamentos que está a passar aos seus filhos. Aos filhos dela. E às suas filhas também. E já agora, já que falo disso… psssr! Venha cá. Pense no seguinte: a sua filha, sabe…? Essa rapariga (ou raparigas) que vive aí consigo e que gostaria de proteger de qualquer anormal que lhe queira fazer mal… Ao fazer o que faz com a mãe dela, está a dizer a essa rapariga que pode vir um tipo qualquer (desde que seja mais alto, mais forte e mais bruto do que ela) e bater-lhe também…
@ www.noticiasmagazine.pt/2014/para-si-que-da-umas-chapadas-a-sua-mulher
falta tanta coisa no artigo. não é uma crítica porque falar de tudo é uma tese, um calhamaço de mil e quinhentas páginas e mesmo assim faltaria sempre qualquer coisa. mas esse pedaço de texto tem sido uma preocupação. filhas também educadas por agressores. cabe a sorte, a educação, os valores transmitidos, o acompanhamento especializado, os amigos que também educam, os professores, não sei ao certo, suponho que de tudo um pouco: a minha mais pequena no alto dos seus cinco anos pergunta-me se podemos gostar de quem nos faz mal, a minha mais velha de dez anos decidiu escolher não estar com quem a trata mal. os miúdos não são parvos ou vazios de entendimento. não se resumem ao mimetismo de uma parte da vida delas.
@ www.noticiasmagazine.pt/2014/para-si-que-da-umas-chapadas-a-sua-mulher
falta tanta coisa no artigo. não é uma crítica porque falar de tudo é uma tese, um calhamaço de mil e quinhentas páginas e mesmo assim faltaria sempre qualquer coisa. mas esse pedaço de texto tem sido uma preocupação. filhas também educadas por agressores. cabe a sorte, a educação, os valores transmitidos, o acompanhamento especializado, os amigos que também educam, os professores, não sei ao certo, suponho que de tudo um pouco: a minha mais pequena no alto dos seus cinco anos pergunta-me se podemos gostar de quem nos faz mal, a minha mais velha de dez anos decidiu escolher não estar com quem a trata mal. os miúdos não são parvos ou vazios de entendimento. não se resumem ao mimetismo de uma parte da vida delas.
um longo suspiro
não sei que diga. um dos meus realizadores preferidos com dois dos meus actores preferidos. o gosto na realização menos básico do que na apreciação destes actores. só por vergonha não assumo que já tive vontade de colar uns posters destes tipos no meu quarto. sim, tenho uma eterna adolescente dentro de mim, amiga da criança e muitas vezes em conflito com a adulta :)
Malick, aguardo a tua obra.
www.indiewire.com
Malick, aguardo a tua obra.
www.indiewire.com
colagens #15
Com tanta fé posta na passagem do ano, quanta fé sobra para a passagem dos dias?
@ maepreocupada.blogspot.pt
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@ maepreocupada.blogspot.pt
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Create Better World. Parachute jump, Coney Island, c. 1961Esther Bubley |
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