o que determina aquilo em que escolhemos acreditar? se por um lado há formulas evidentes — se continuar com os snacks nocturnos jamais irei emagrecer —, por outro lado há crenças tão carregadas de subjectividade que se diluí a percepção mais concisa do seu porquê. por que escolhemos acreditar em determinada via? porque funciona. de alguma maneira funciona e parece ser suficiente esse dado empírico numa amostra meramente pessoal. mas cada vez menos me atraem as que funcionam à toa, prefiro o conhecimento com método, experiência e lógica válida. por vezes gostaria de ser mais simples, religiosa sem grande curiosidade crítica, sendo suficiente o conforto que me proporcionaria. não consigo. nem me ocorre pedir ajuda a deus num maior aperto. ou num formigueiro, como o que sinto hoje novamente nos dedos. por segundos trocaria a origem por uma hérnia cervical que explicasse este efeito secundário. uma tontice que resulta num desperdício de energia mental.

***

mantive-me uns momentos sob o pequeno rasgo de sol, aproveitei o calor e procurei acalmar o pinball mental, corrigir o circuito atrito entre a coisa em cima do pescoço e a que nos bombeia o sangue. essa que quase me pôs à toa e tonta.

Paolo Fumagalli
























[ um apreço pela metáfora romântica do coração que nos engana ao contribuir para a explicação de desejos contraditórios. ]

Sem comentários:

Enviar um comentário